No dia 14 de agosto de 2020, aconteceu o segundo encontro on-line inclusivo no meu canal do YouTube ‒ Chris Brazil - vida e arte ‒ cujo tema foi "Arte & Inclusão: ressignificando a vida". Este projeto começou com o encontro "Arte & Inclusão: diferentes formas de produzir arte" (assista aqui), sob a coordenação da professora Fátima Antunes, cujos convidados foram o artista visual da APBP¹ Vitor Pesant, o psicólogo Wallace Oliveira (Wall Oliver) e eu, A ideia superou nossas expectativas e decidimos dar continuidade a ele no meu canal do YouTube.
Com a leveza e descontração de um bate-papo, cada encontro trará uma faceta da arte e da inclusão, bem como diversos conceitos importantes à construção de uma sociedade culturalmente inclusiva.
No encontro do dia 14 de agosto conversei com o amigo artista visual da APBP e ex-paratleta de Rugby em cadeira de rodas, Jefferson Maia².
O título deste encontro on-line surgiu pelo fato de eu sempre pensar em propostas inovadoras, repensar alguma coisa, ressignificar... Esta é uma ideia que não é só minha, é do Jefferson também, daí o título "Arte & Inclusão: ressignificando a vida".
Dentre diversos assuntos, destacarei neste texto o tema que iniciou o debate: a Obra de Arte feita pelo Jefferson cujo título é "Educação como Esperança".
Esta Obra de Arte foi feita com tinta acrílica (técnica), cujas dimensões são 30 cm por 40 cm. Este quadro tem algumas características interessantes, uma concepção marcante e bem definida. Vê-se ao fundo um céu multicolorido com nuvens brancas e o sol poente. No centro há um caminho que não tem fim e ao fundo montanhas. Este caminho é rodeado por girassóis, flores de diversos tipos, todas bem coloridas. O quadro como um todo tem cores fortes. À esquerda do caminho há um lago ou rio, pois como o caminho não é reto, tem ondulações, não dá para definir qual deles é. Andando no caminho, em direção às montanhas, há um jovem ou uma jovem, dá para ver as pegadas dessa pessoa, indicando sua jornada, na mão esquerda ela segura um canudo e na mão direita está jogando um chapéu de formatura para o alto. A postura corporal da pessoa indica que ela conquistou algo e que está comemorando.
Eu ganhei este quadro por ser professora e possibilitar tais conquistas, o que nos remete à concepção do quadro: a jornada de amadurecimento, de conquistas e de aprendizado que nós temos ao longo de nossas vidas.
Você, amigo leitor e amiga leitora, deve estar se perguntando por qual motivo eu trouxe uma das Obras de Arte do Jefferson como tema de debate no encontro, e não outra, com a mesma concepção.
Escolhi por dois motivos, o primeiro, foi por causa de 'como' o quadro foi feito, pois, foi pintado com a boca. Diferente de mim, que tenho uma deficiência visual congênita, o Jefferson teve que se ressignificar algumas vezes ao longo de sua vida. Daí o tema da conversa: "ressignificando a vida".
O segundo porque acredito que nós materializamos nossos sentimentos e sonhos, damos voz a nossa alma em nossas Obras de Arte. O processo de criação é forte para quem cria, bem como para quem aprecia. E neste contexto de criação e fruição cabe ressaltar um detalhe: a alma não tem deficiência, entendendo a deficiência como uma construção social. A arte não é deficiente, ela é completa, plena ‒ a Obra de Arte simplesmente é.
Quando apreciamos a Obra trazida no encontro não vemos a deficiência, as restrições de movimentos físicos do artista, por que não vemos? A resposta é simples: porque não há. A arte transcende os conceitos e estereótipos sociais. A arte, tal como a inclusão, perpassa todas as áreas da vida humana.
Quando apreciamos uma Obra de Arte vemos a alma do artista, uma expressão sublime do ser.
Quer saber mais, assista ao vídeo completo clicando aqui e deixe seu comentário.
Seja feliz! E que teus sonhos sejam a tua realidade!
Até o próximo texto!
EXCELENTE, FOI TUDO UM PRIMOR. Chris é 1000!